Ruptura Tendão de Aquiles
O que é?
Na mitologia grega, o secreto rio Estige, fazia a fronteira entre a Terra e o mundo subterrâneo de Hades, e possuia poderes mágicos que proviam de invulnerabilidade a quem se banhasse em suas águas.
A fim de proteger seu filho Aquiles, sua mãe a rainha Tétis banhou-o nas águas milagrosas, segurando-o apenas pelos tendões dos calcâneos, que se tornaram seus únicos lugares indefensáveis no corpo.
Ao morrer devido a uma flechada envenenada no local durante a invasão à Tróia, Aquiles não apenas nomeou essa estrutura anatômica, como também originou a expressão que indica algum ponto de fragilidade no carácter ou na vida de uma pessoa.
Apesar da sugestão da história ou da expressão, o tendão de Aquiles é o mais forte do corpo humano, fazendo a união da musculatura da panturrilha ao osso do calcanhar, podendo suportar forças tensionais de até 10 a 12 vezes o peso corporal.
Causas e Sintomas
Estudos biomecânicos e histológicos mostram que as rupturas desse tendão estão relacionadas a algum grau de degeneração local do colágeno - principal proteína estrutural dos tendões - mesmo apesar de muitos pacientes não apresentarem queixas prévias à lesão. Dentre as causas estão: a falta de condicionamento físico - e o desequilíbrio muscular gerado em consequência - quando há necessidade de arranque súbito; quedas com movimento repentino de extensão do pé; traumatismos da região do tendão; ou ainda algumas medicações e doenças pregressas.
As lesões agudas são mais comuns em jovens (na 3a e 4a décadas de vida); são 4x mais comuns em homens; e as atividades físicas estão presentes em cerca de 80% dos casos.
Tipicamente ocorre uma sensação de estalido súbito na região posterior do tornozelo, muitas vezes audível, com a sensação de perda de equilíbrio e dificuldade para caminhar.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é clínico, porém a ultrasonografia pode trazer informações relevantes sobre o local da lesão, qualidade do tendão, lesões associadas e estimativa de encurtamento do coto proximal.
O tratamento das rupturas depende de características próprias do paciente e do local da lesão. Entretanto, a qualidade cicatricial pós-ruptura é insuficiente para suportar a carga muscular necessária na maioria dos casos, e pacientes com tendões rompidos submetidos a tratamentos não-cirúrgicos, raramente adquirem força muscular suficiente para o retorno ao nível desportivo prévio à ruptura.
As atuais técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, o uso de fios de sutura de alta resistência, e os avanços nos cuidados pós-operatórios e na reabilitação, diminuíram significativamente os riscos impostos ao tratamento cirúrgico, hoje considerado a principal terapia para pacientes ativos, com personalidade atlética, e que desejam maximizar sua recuperação pós-lesão.
O Que Dizem Nossos Pacientes
5 ESTRELAS NO DOCTORÁLIA
Excelente profissional, fiz cirurgia de tornozelo e deu tudo certo, à recuperação está de acordo com o explicado pelo profissional e sua equipe. Sou grato.
Glaiton